Guarda das crianças: o que fazer quando o genitor não aparece na sexta-feira para buscar os filhos?

A chegada da sexta-feira costuma ser um momento de ansiedade para muitas mães que dividem a guarda dos filhos. É o dia em que, geralmente, o genitor não guardião deve buscar a criança para passar o fim de semana.

Mas e quando ele simplesmente não aparece? Quais as consequências disso e o que a mãe pode fazer nessa situação?

Quais são as consequências para a criança?

Frustração emocional: a criança cria expectativa de passar tempo com o pai, mas sente abandono quando o combinado não é cumprido.

Insegurança e instabilidade: a falta de rotina prejudica o desenvolvimento emocional.

Desgaste na relação familiar: a mãe acaba sobrecarregada, tendo que reorganizar seus compromissos de última hora.

O que a lei diz sobre o descumprimento da guarda?

Quando existe uma guarda regulamentada judicialmente, o não cumprimento do regime de convivência pelo genitor pode configurar descumprimento de ordem judicial.

Isso pode gerar:

1. 1. Advertência judicial;

1. 1. Multa;

1. 1. Alteração do regime de guarda em casos de reincidência ou prejuízo grave à criança;

1. 1. Eventual ação de execução para forçar o cumprimento das visitas.

O que a mãe pode fazer?

Registrar os fatos: anotar datas, mensagens e situações em que o pai deixou de buscar a criança. Isso servirá como prova.

Dialogar, se possível: tentar compreender os motivos, mas sempre priorizando o bem-estar da criança.

Procurar o advogado: para orientar se cabe uma medida judicial de advertência ou revisão da guarda.

Requerer judicialmente a modificação da guarda: se ficar comprovado que o genitor não exerce a convivência de forma responsável.

Atenção: o mais importante é o interesse da criança

A guarda e o direito de convivência não são “favores” entre os pais, mas direitos dos filhos. Quando o genitor não cumpre com suas obrigações, a Justiça pode intervir para proteger a estabilidade emocional e a rotina da criança.

Se o pai não aparece para buscar a criança nos dias combinados, a “mãe não precisa enfrentar essa situação sozinha.” Existem consequências legais e caminhos jurídicos que podem ser adotados para resguardar os filhos.

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